O Programa Estadual da Vigilância da Violência em Saúde parabenizou a Prefeitura de Riozinho pelo trabalho inédito em todo Rio Grande do Sul realizado no município na prevenção ao suicídio. Desde 2014, quando o projeto teve início pela Secretaria da Saúde, não houve mais registros na cidade. “Queremos reconhecer o excelente trabalho realizado em Riozinho pela equipe coordenada pelo dr.André Bendl. Diante do assustador fenômeno do suicídio, o município formulou estratégias para atender com qualidades as pessoas em situação de vulnerabilidade para o suicídio. Não temos conhecimento de iniciativa similar no Estado”, disse a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado, Tani Ranieri.
O secretário municipal da Saúde e vice-prefeito Valério Esquinatti explicou que o programa atende pessoas em situação de risco, atuando diretamente na prevenção. “Até 2014, registrávamos uma morte a cada três ou quatro meses. A partir deste trabalho coordenado pelo dr. André, este número caiu para zero”, destacou. Para o prefeito Airton Trevizani da Rosa (Alemão), a atenção aos pacientes em grupos de risco tem feito o diferencial. “Estamos felizes com o reconhecimento do Estado, pois o atendimento às pessoas em todas as áreas tem feito parte da filosofia dessa Administração”, destacou.
ATENÇÃO À DEPRESSÃO
Ouvir as pessoas e conhecer suas dores. Esta tem sido uma das receitas para a equipe do dr. André Bendl na prevenção aos casos de suicídio em Riozinho. “Temos um lema no Posto de Saúde: qualquer pessoa que disser que a vida não vale a pena durante uma consulta, soa o alerta e passamos a dar prioridade ao caso, com atendimento psicológico e nas demais áreas”, destaca o coordenador do trabalho. A partir desta consulta, os profissionais da saúde fazem uma avaliação de risco dos pacientes para saber se houve tentativa de suicídio nos últimos meses e passam a otimizar o tratamento com distúrbio de saúde mental, além de reuniões. “Trabalhamos para que as doenças emocionais não virem doenças mentais, tentando entender a dor do paciente para tentar ajudá-los a entender a dor da própria vida”, explica Bendl.
O médico especializado em saúda da família alerta para os chamados nós emocionais. “As coisas mal resolvidas – os chamados nós emocionais -, são o primeiro alerta para o desenvolvimento das doenças emocionais, como a depressão. As pessoas com quadro depressivo precisam ser melhor olhadas, tanto por médicos como por familiares. Quem dá sentido para a vida é a pessoa, pois se olharmos individualmente, todos temos problemas parecidos, mas cada um, a partir de suas experiências, pode perceber estas dificuldades de maneira diferente e iniciar um processo depressivo”, define André Bendl.
Prefeitura de RiozinhoData: 28.04.2016